domingo, 20 de maio de 2007

A arca de Noé: uma inspiração ao Greenpeace

Como dizia o sábio Salomão em seus provérbios bíblicos, não há nada de novo debaixo do sol, tudo o que é, já foi algum dia. Nesse embalo e nostalgia histórica, o Greenpeace se inspirou em reviver a história de Noé, o patriarca bíblico que construiu uma arca. O objetivo da organização não-governamental é protestar contra os efeitos do aquecimento global, que está elevando o nível de água dos oceanos.
A empreitada será feita no mesmo local em que Noé construiu a sua arca, no monte Ararat, que fica na fronteira entre Turquia, Armênia e Azerbaijão. O projeto visa construir uma arca de 10 metros de comprimento por quatro de largura e quatro de altura. Segundo o especialista em energia do Greenpeace, Andree Böhling, o mundo está próximo a um segundo dilúvio e que todos os países da Terra precisam se unir para evitar que uma catástrofe aconteça.
A arca será construída por 20 carpinteiros alemães e turcos, para no futuro ser usada como um albergue na montanha.

Campanha publicitária do Greenpeace acerca das mudanças climáticas

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Na direção errada

Animais migratórios como baleias e pássaros enfrentam dificuldades em encontrar o lugar certo para ir. Essa desorientação é conseqüência do aquecimento global, alertam especialistas das Nações Unidas. A elevação das temperaturas confunde os animais, que vão para a direção errada, na hora errada. É como se o relógio biológico deles estivesse desregulado.
Em entrevista à agência Reuters, o vice-chefe da Convenção de Espécies Migratórias, Lahcen el Kabiri, disse que a falta de estações bem definidas está tornando os animais vulneráveis ao calor e frio, o que pode comprometer a vida e perpetuação das espécies, que como migram para o lugar errado, podem enfrentar a falta de alimento por não ser o período apropriado.

Aquecimento pode afetar a economia

O aquecimento global pode causar maior dano à economia do que o esperado. O alerta foi dado por um relatório apresentado em março, na cidade de Londres, escrito pelo economista Nicolas Stern.
Segundo Nicolas, grandes investimentos feitos agora para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, trarão grandes lucros no futuro. A questão é que as empresas e até países não querem fazer tais investimentos.
Dentre as orientações dadas por Stern estão: a diminuição da dependência de carbono no setor energético, a interrupção dos desmatamentos e nas emissões de transporte. Essas medidas, se colocadas em prática, custarão de 1% a 2% do PIB mundial. Embora seja uma cifra considerável, de acordo com Stern, ela se torna pequena se comparada com as previsões de catástrofes e necessidades que podem se concretizar no futuro.
Se nada for feito, o economista conclui que todas as pessoas do mundo teriam 1/5, ou seja, 20% a menos do que poderiam se não fosse a questão climática. E quem mais vai sofrer com essas desigualdades serão os países pobres.